entre a mania e a antropologia; um sítio virtual de apontamentos
22 de abril de 2010
aventuras do alex na numerolândia
«The Amazonian tribe that can only count up to five» Does a group of indigenous South Americans hold the key to our relationship with maths?
Sobre os Munduruku, grupo da Amazónia sem tempos verbais, plurais, nem números além de cinco, consta. O artigo é do Guardian, já não está disponível; resta procurar o aclamado livrinho azul de Alex Bellos. Já agora, para quem souber: existem portugueses a trabalhar em etnomatemática?
Isto deve ser giro... Se ao menos houvesse tempo (e cabeça) para ler tudo e tudo e tudo... Quanto à etnomatemática em Portugal, não estou muito por dentro disso mas sei que há grupos a trabalhar com ciganos. Assisti em tempos a uma conferência sobre isso e as crianças ciganas têm formas de cálculo "brutais". Deixo-te aqui dois links que encontrei numa pesquisa rápida no google: http://www.universia.pt/servicos_net/informacao/noticia.jsp?noticia=46316 http://www.univ-ab.pt/sda/mri/pdfs/pires5_resumo.pdf :) *
No «Conhecimento prudente para uma vida decente» do BSS há um artigo sobre a travagem epistemológica da geometria não-euclidiana. Penso que é de uma atropóloga da matemática, mas não versa sobre índios ou coisas étnicas e isso.
É, darei um olhinho a essas coisas. No espólio da Jill encontrei um livro sobre a noção de zero e o ensino da matemática worldwide, tenho de passar para aqui a referência. A autora - que dava aulas em Santarém, salvo erro -, virou ermita aos 40s/50s e é qs impossível de contactar. (Sim, investiguei. x)
TR, sua groupie do BSS, não percebo onde quer a sra chegar com esse título. Tenho de dar-lhe uma vista, sn 'não chego lá'. Índios e coisas étnicas.. é no sentido da diversidade, TR. O que acho interessante no trab destes antropólogos é, mais uma vez, demonstrarem a contextualidade de certas aprendizagens, saberes e comportamentos. Todos os homens são racionais mas os raciocínios q têm não são nec os mesmos! O idealismo fica-se. Não há éticas universais. Pum pum pó Kant, Pum pum pó Papa.
Ó Deus. Onde se lê «não versa sobre índios ou coisas étnicas e isso» deve ler-se «não versa sobre os problemas clássicos da abordagem antropológica do conhecimento, cujo corolário mais radical tem vindo a assentar arraiais no conceito de epistemicídio e justiça cognitiva. Pelo contrário, procura explorar a historicidade da disciplina matemática enquanto produto de um sistema muito específico e contextual de relações de poder. Não é que isto esteja muito longe do primeiro caso e que ambos não tenham as suas contas a ajustar com o positivismo, mas é bem menino para ter as suas idiossincrasias». Melhor assim? :)
Isto deve ser giro... Se ao menos houvesse tempo (e cabeça) para ler tudo e tudo e tudo...
ResponderEliminarQuanto à etnomatemática em Portugal, não estou muito por dentro disso mas sei que há grupos a trabalhar com ciganos. Assisti em tempos a uma conferência sobre isso e as crianças ciganas têm formas de cálculo "brutais". Deixo-te aqui dois links que encontrei numa pesquisa rápida no google:
http://www.universia.pt/servicos_net/informacao/noticia.jsp?noticia=46316
http://www.univ-ab.pt/sda/mri/pdfs/pires5_resumo.pdf
:) *
Boa recomendação. Eu julgo que sim, mas devem contar-se pelos dedos de uma mão.
ResponderEliminarNo «Conhecimento prudente para uma vida decente» do BSS há um artigo sobre a travagem epistemológica da geometria não-euclidiana. Penso que é de uma atropóloga da matemática, mas não versa sobre índios ou coisas étnicas e isso.
ResponderEliminarÉ, darei um olhinho a essas coisas. No espólio da Jill encontrei um livro sobre a noção de zero e o ensino da matemática worldwide, tenho de passar para aqui a referência. A autora - que dava aulas em Santarém, salvo erro -, virou ermita aos 40s/50s e é qs impossível de contactar. (Sim, investiguei. x)
ResponderEliminarTR, sua groupie do BSS, não percebo onde quer a sra chegar com esse título. Tenho de dar-lhe uma vista, sn 'não chego lá'.
Índios e coisas étnicas.. é no sentido da diversidade, TR. O que acho interessante no trab destes antropólogos é, mais uma vez, demonstrarem a contextualidade de certas aprendizagens, saberes e comportamentos.
Todos os homens são racionais mas os raciocínios q têm não são nec os mesmos! O idealismo fica-se. Não há éticas universais. Pum pum pó Kant, Pum pum pó Papa.
Ó Deus. Onde se lê «não versa sobre índios ou coisas étnicas e isso» deve ler-se «não versa sobre os problemas clássicos da abordagem antropológica do conhecimento, cujo corolário mais radical tem vindo a assentar arraiais no conceito de epistemicídio e justiça cognitiva. Pelo contrário, procura explorar a historicidade da disciplina matemática enquanto produto de um sistema muito específico e contextual de relações de poder. Não é que isto esteja muito longe do primeiro caso e que ambos não tenham as suas contas a ajustar com o positivismo, mas é bem menino para ter as suas idiossincrasias». Melhor assim? :)
ResponderEliminarIncrivelmente melhor. ;)
ResponderEliminarTens uma maneira de formular engraçada. Um dia escrevo sobre isto.