18 de maio de 2010

Parágrafo extra de Sea Sew (2008) de Lisa Hannigan:

Lembrei-me de La Mer e do Sea Change, Beck e Debussy (ao contrário, mas soa melhor assim), e fiquei a matutar nas elaborações pastel que conseguimos dar à angústia característica deste elemento. Lembrei-me também do seu potencial devastador e das minhas fantasias apocalípticas aquando da Missa Papal no terreirinho, à qual assisti.
E terminamos, com um sorriso marado.

4 comentários:

  1. E disto ainda:
    “Sempre pensava no mar como la mar, que é o que o povo lhe chama em espanhol, quando o ama. Às vezes, aqueles que gostam do mar dizem mal dele, mas sempre o dizem como se ele fosse mulher. Alguns dos pescadores mais novos, os que usam bóias por flutuadores e têm barcos a motor, comprados quando os fígados de tubarão davam muito dinheiro, dizem el mar, que é masculino. Falavam dele como de um antagonista, um lugar, até um inimigo. Mas o velho sempre pensava no mar como feminino, como algo que entrega ou recusa favores supremos, e, se tresvariava ou fazia maldades era porque não podia deixar de as fazer. A lua influi no mar como nas mulheres, pensava ele.”
    Hemingway, n'O Velho e o Mar

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  2. risos

    li esse livro quando tinha 15 anos

    gostei muito : )

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  3. Li há pouco tempo (um ano?) e custou-me imenso. Gostou-me e custou-me. Demorei como se tivesse quinhentas páginas. Sabes, um esforço enorme para imaginar cada pormenor.. Foi o velho com o mar e eu com eles, descritos.
    Tenho uma cena qualquer com a água. Lembraste das telas do turner?
    http://kherian.files.wordpress.com/2007/09/william-turner-fishermen-at-sea.jpg
    É disto que se trata.
    Belas ameaças. Que o mundo acabe em catástrofe!

    Agora é verão, a praia já não sabe ao mesmo.

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