""Science proposes, morality disposes," they say by common agreement, patting themselves on the back, scientsts and moralists alike, the former with false modesty and the latter with false pride."
Latour, B.*
Latour, B.*
entre a mania e a antropologia; um sítio virtual de apontamentos
* 2004. Politics of Nature. pp98
ResponderEliminarsee??? o que disse anteriormente aqui se confirma..este Latour..é um senhor certo?:P
ResponderEliminarMais ou menos. Acho esta frase um bocado 'puxada', especialmente aqui, fora do contexto. A questão da clonagem humana seria um bom exemplo de barramento moralista - cf. http://www.quarteto.pt/olivro/default.asp?PnIDLivro=121 , que tem um art do Marc Augé.
ResponderEliminarJá o afirmei noutros lados e nem sou o primeiro e muito menos o último a dizê-lo: a ciência nos últimos 150 anos tem vindo a substituir (na mente das pessoas) a religião. A ciência é a nova religião, que as pessoas seguem cegamente sem questionar. E mais: a religião e a ciência só diferem no método a que se propõem. São diferentes no método de investigação, pois no fundo ambas tentam responder simplesmente às mesmas questões: quem somos? de onde viemos? Para onde vamos? Não está tão fora de contexto quanto isso, moralidade e ciência pelo que disse acima são até assuntos muito íntimos.
ResponderEliminarCiência e religião parecem-me coisas diferentes; prefiro pensar esse assunto como um 'deslocamento'. A ciência substituiu a religião, na regulação da vida, para ALGUNS muitos contextos. E tem uma autoridade incrível sobre os indivíduos, ao ponto de ser mais ela a conduzir a moral do que o contrário, nem que seja ao levantar novas e inesperadas questões sobre os usos do corpo, a definição de pessoa, o estatuto do homem, etc etc etc. Henrik, estás a pensar apenas em ciência fundamental, que é a que menos financiamento tem, nos dias que correm...
ResponderEliminarÉ interessante por este 'deslocamento' no seu lugar sócio-histórico e lembrar as contribuições de Weber e Foucault (desculpem o óbvio, mas são os que conheço melhor) sobre a emergência da ciência moderna no séc.XVII/XVIII - burguesias e biopolíticas, we-he!
Fiz um trabalho sobre anorexia nervosa em que ilustrei essa questão, acho eu que bem.
Vejam o filme Surrogates (Link IMDB), é um pouco corriqueiro já que tem pra lá o Bruce Willis a dar uns tiros e a partir uns quantos carros, mas até tem bom argumento.
ResponderEliminarCumps