É uma febre por resolver, eu sei. Compreendam que tenho um pé na arte, outro na tecnologia e os joelhos na política. Em cima do monte, uma cabeça que se matuta por orientação, que não sabe mandar só por mandar e ir mandando, está sempre a exigir justificações - que não avanço um metro sem pensar nos outros metros e isso talvez me atrase. Na pior das metáforas florestais, podia galgar as lamas e enfiar-me já espinhos adentro; olhem, vou-me distraindo com ambas. Sujo os sapatos e pico os dedos, sujo os dedos e pico os sapatos. Não me tenho livre o suficiente para não querer mais do que a empiria -se é que isso é liberdade - e sei bem que ir ficando por aqui pode fadar-me a isto: a ir ficando por aqui. Mas ora bem, cada um é cumué. Por cada um ser cumué (sim, uma das poucas certezas da vida (?)), trago e retrago as minhas angústias do universal e do relativo. "A Ciência" visita-me como um poema de Onan, a sensibilidade às gentes ensina-me outras coisas. Então, a querer ser qualquer coisa como antropóloga, eu não sei. Já disse que não creio que a lua seja uma cabaça, mas também não vejo estupidez nisso - e não, não estou a ser correcta. É menos útil.
Utilidade. Penso tantas vezes nela. Numa humanidade madura, todos políticos, todos responsáveis, sem merdas ideológicas que não o ir fazendo, por Nós. Temo ter certeza de que nunca nos sentaremos à mesa.
Catalisador: The totalitarian science
Utilidade. Penso tantas vezes nela. Numa humanidade madura, todos políticos, todos responsáveis, sem merdas ideológicas que não o ir fazendo, por Nós. Temo ter certeza de que nunca nos sentaremos à mesa.
Catalisador: The totalitarian science
No outro dia, numa conversa com um teórico classicista e um pragmático da literatura (risos, não sei que seja nem um nem outro, mas achei por bem aqui designá-los assim) sobre o que é/não é/pode ser/não pode ser/deva ser/não deva ser a POESIA (e, sim, vou chamá-la para aqui...) dizia-me a dada altura o teórico classicista do alto da sua convicção apolínea: "o teu erro de raciocínio é que confundes o que para ti é com..." e, confesso-te Maria Antonieta, já nem sei, ao certo, que raio dizia ele sobre o meu erro de raciocínio. Perdi-me, já.
ResponderEliminarLá sentarmo-nos à mesa todos juntos, lá isso creio que sentamos e, também, assentamos ideias juntos, mas olha perdi-me, de novo.
Ou talvez, tenha perdido de vista o meu lugar na mesa.
ResponderEliminarÉ tão esse o sentimento, Érre.
ResponderEliminaracho que não vou para a mesa..a sensação é daquele jogo em que andamos todos à volta da cadeira..vão sendo menos pessoas a lutar por um lugar mas também vão sendo menos cadeiras e pumba não chego a tempo. Fiquei em pé. Não me esforçei o suficiente? Faltou-me o mérito? Ou sou rebelde, insegura e consistente nas incertezas? uhm..cada um é cumué de facto assim parece ser...
ResponderEliminarGostei das designações da Rute :) sendo que não sabia que existiam pragmáticos da literatura:P
Se percebi, acho que essas cadeiras não são para nós.
ResponderEliminarTalvez não tenha percebido.
Perceberam-me a mim?