13 de março de 2010

a procura activa do curto-circuito

A propósito do penúltimo: je ne suis pas une relativiste (nem um pipe).

Porque, no fim, o relativismo normativo morre nele próprio: o paradoxo de dizer que tudo vale, excepto a sua própria alternativa.
N'est-ce pas?
E já vimos harakiris mais interessantes - tipo relatividade, CFCs, ou Gonçalo Amaral no Sinais de Fogo.

Comprei isto, estou mortinha por lê-lo.
Sou só o título deste post.

19 comentários:

  1. Sem querer ser cagão ou ensinar o Pai Nosso ao vigário, http://www.scribd.com/doc/2629449/Anti-AntiRelativism-by-Clifford-Geertz.

    ResponderEliminar
  2. Olá Tiago, bem vindo! Ora, de todo! Não conhecia o texto, agradeço. Assim que tiver um furo, leio. Ando tésica.

    ResponderEliminar
  3. MST sabendo o que todos nós sabiamos , por isto ,
    poupou JS .
    Mas estranhamente , sabendo isto que nós não sabiamos , tambem poupou GA :
    http://www.asmeninasquevieramdasestrelas.com/index.html/
    http://www.zshare.net/download/68611337747aaed2/
    Aliás , legalmente , GA não podia falar ...
    Então , para que lá foi ? Feira de Vaidades !!!

    ResponderEliminar
  4. É carote mas quero isso, muito!!!!

    Nos entretantos nem me fales nesse Sinais de Fogo!

    Quando tiveres mais abonada de tempo explica-me o relativismo normativo...por favor!

    ResponderEliminar
  5. Amigo Tiago, não te sabia frequentador deste "antro" do conhecimento. Cautela com o que por aqui se escreve! ;) Abraço

    ResponderEliminar
  6. Normativo: das normas/prescrições sociais. Difícil separar relativismo normativo, moral ou da verdade. Parece hipócrita fazê-lo. Quanto muito podes dizer 'ah, a verdade existe, mas nunca lá chegaremos, então é relativo'. Pronto, assim temos verdade 1 e verdade 2, como queiram os mais religiosos, só me interessa uma, a das pessoas, na vida.
    MJ, vê o último post da Ruth Benedict.
    bj

    ResponderEliminar
  7. Olá Pedro. Foi assim por acaso.

    Sou um pouco suspeito (e chato), mas penso que o conceito de «hermenêutica diatópica» do Boaventura de Sousa Santos (bem sintetizado na «Gramática do Tempo», embora disperso em textos anteriores) consegue ultrapassar as falácias mais recorrentes no debate em torno do relativismo e problemas conexos. Para a relação entre construção epistémica e normatividade o Arriscado Nunes tem boas saídas. Além disso o Foucault é sempre bom conselheiro: cf. «regime de verdade». De maneiras que é assim.

    ResponderEliminar
  8. A discussão ia mais filosófica do que isso, mas ok. A hermenêutica diatópica (que conheço de “Por uma concepção multicultural dos direitos humanos” (1997), lido há já algum tempo, dsclpem qq coisinha) faz-me imensa confusão porque é só um statement de bom senso e de boas intenções (sabemos onde param os que estão cheios delas) - "ai bora lá conversar e respeitarmo-nos muito na nossa incompletude (ou na circunstancialidade das nossas verdades (sim sim, tb sabemos TR))". Talvez a Gramática do Tempo tenha mais a dizer, não sei se fico curiosa.
    O problema é que ng reconhece isso no quotidiano, estás em doublethink.
    Agarrar o touro não é aqui aceitar a relatividade, mas antes Responsabilizar-nos pela sua criação (cf Latour?).

    ResponderEliminar
  9. Longe de mim querer interromper a discussão filosófica. Podes retomá-la dentro de segundos. Nos entretantos - e quanto à hermenêutica diatópica -, é evidente que não consegue apreender a complexidade das relações interculturais e que, lida à pressa, não passa de pedagogia para inimputáveis. Apenas a apontei porque teve o mérito de formular problemas de ordem retórica e argumentativa na troca simbólica, o que nem sempre era tomado em devida conta (e isto tem pouco a ver com essa conversa das «nossas verdades» como quem fala do seu palpite sobre a Casa Pia). A Gramática do Tempo tem pouco mais do que aquilo que está nesse texto. Não é por aí :) Já essa história da responsabilidade podia muito bem ser assacada ao neo-existencialismo. Mas filosofia é a tua discussão, não é?

    ResponderEliminar
  10. Tiago, não percebo a atitude, mas deixa-me dizer-te que não tenho palpites sobre a casa pia. Sobre a verdade tenho muitos, de facto, mas, como espero que calcules (és esperto?), não se me descem como uma epifania manhosa dos céus. Sou honesta nos meus comentários e tu é que puxaste os regimes à conversa, não me desculpo por articular sem jargão vazio e ir directa ao que assunto - é que não sou uma tipa de flores. Não faço mais do que operar sobre aquilo que vou aprendendo com os brains-da-coincidência-estranha - um dos grandes mistérios da vida. Discussões que terminam com 'leva lá a bicicleta', ou 'fica com a tua e eu com a minha' são uma das minhas grandes angústias: uma total perda de tempo. Por outro lado, 'as discussões longas são como labirintos onde a verdade se perde', dizia alguém, e não te vejo muito esforçado em tolerâncias e entendimentos. Sim, a hermenêutica diatópica é uma contribuição, oxalá a tragas para a tua vida.
    Se a filosofia é a minha discussão? Ora, de quem não é?

    Solução: destrói dadaísticamente tudo isto com um 'papi chulo' e talvez voltemos a encontrar-nos.

    ResponderEliminar
  11. Vamos lá aguentar os cavalinhos. Confesso que subi a parada na provocação, mas não estava propriamente à espera de apanhar um chapadão nas trombas (com todas as aspas a que tive direito). Limitei-me a sublinhar os termos em que a proposta de BSS é não só aceitável como relativamente inovadora - desde que poupada à caricatura. Talvez não tenha atingido as tuas angústias e profundezas intelectuais, mas já estou habituado a decepcionar. De resto, «dadaisticamente» é uma palavra grave, pelo que não é acentuada :) E acho que é tudo.

    ResponderEliminar
  12. (Aceita uma pista: é que morre uma estrela de cada vez que valorizas a forma sobre o conteúdo.)

    ResponderEliminar
  13. (Crítica gratuita e preguiçosa. Mas pelos vistos forma carácter.)

    ResponderEliminar
  14. Tiago, lê-me com calma e pergunta sempre que não perceberes: Tu terminaste o comentário a corrigir um Acento e depois 'achas que é tudo' com um sorriso. Isto não é uma guerra, nós não somos as ideias, e, se fosse, não me furavas olhos assim. /'Ai ai, enganei-me, oh grande espadachim do intelecto!'/ Quanto ao resto não sei, nem interessa.

    ResponderEliminar
  15. Vá, entrei à campeão e fui deselegante. Mas não reconsidero porque pareces estar pronta para essas merdas: http://www.youtube.com/watch?v=P4q_csoa5P4 - não é preciso agradeceres, eu é que sou católico. Saudinha.

    ResponderEliminar
  16. É, talvez tenhas razão. Naquele comentário das 4h15 estava com duas de EA tinto em cima, deixa-me sempre espirituosa. Não te conhecer pode ajudar a não 'apanhar o tom'; saberás com certeza mt mais do que eu sobre o trabalho do BSS, não tenho dúvidas, pena não ter aprendido mais. Isto é uma merda.
    A música, se queria dizer alguma coisa, não diz, pq não percebi, recebi só como música, e é bem. Deixo-te outra, para receberes da mesma forma: http://www.youtube.com/watch?v=eKQ41OKmV5I . Não sou católica, mas não reclamo direitos sobre as coisas bonitas.

    ResponderEliminar
  17. Só para não ser diferente dos meus amigos (já sei que a Liliana me vai chamar a atenção para as questões de género na construção frásica) vinha deixar uma musiquinha (sem segundas leituras...) e aproveitar para dizer que esta zona está oficialmente livre de conflito intelectual ;)
    http://www.youtube.com/watch?v=als_-cTQALQ&feature=related

    ResponderEliminar
  18. Foi rasgo poético relativamente infeliz: pronta para essas merdas -- ready to be heartbroken. Ou seja, aguentas-te à jarda. Mas é um musicão e isso é que interessa. Essa da «zona oficialmente livre de conflito intelectual» fez-me lembrar uma passagem do Mexia que postei há uns meses (sem tresleituras s.f.f.):

    Joana - Dá-te tusa seres esperto?
    Vasco - Não muita, não.
    Joana - Mas gostas de picardias.
    Vasco - Para a tusa?
    Joana - Não?
    Vasco - Tu é que gostas de picardias. Não és do tipo paz doméstica.

    (Não tarda cito Isabel Allende ou o caraças.)

    ResponderEliminar